quinta-feira, 1 de julho de 2010

O que pode ser feito ao se descobrir que um filho está usando drogas?

Não há uma resposta simples para essa questão. Existem muitas maneiras de se responder à pergunta. Alguns pontos devem ser destacados:

1.Existe uma variedade muito grande de drogas.
2.Drogas diferentes produzem diferentes efeitos nas pessoas; alguns são perigosos, outros não.
3.Existem formas mais e menos perigosas de se consumir drogas (injetar drogas é geralmente muito mais perigoso do que usá-las de outras maneiras).
4.A lei é diferente para cada tipo de droga (é ilegal fumar maconha).
5.O uso de algumas drogas, como o álcool, é socialmente mais aceitável do que o de outras. Entretanto, o que é ou não socialmente aceitável depende das características da comunidade em questão – seus valores, sua cultura (o álcool não é socialmente aceitável em comunidades muçulmanas) – e não do risco que a droga representa.
6.Cada jovem é uma pessoa diferente e única e podem ser muitas as razões pelas quais alguém se envolve com drogas. Da mesma forma, existem variadas formas de ajudá-lo a interromper ou moderar o uso de drogas.
7.Os pais têm maneiras diferentes de lidar com um filho que esteja usando drogas. Embora alguns sejam totalmente contra o uso de qualquer droga, a maioria considera aceitável o uso de determinadas substâncias (bebidas alcoólicas, fumar cigarro). Alguns pais são tolerantes e outros se resignam com o fato de seus filhos usarem drogas.
8.Existem várias instituições de ajuda a pessoas com problemas relacionados ao uso de drogas.

Existem sinais para identificarmos se alguém está usando drogas?

Com freqüência os pais querem saber quais os sinais que indicam que um jovem esteja usando drogas. Não existe maneira fácil de confirmar a suspeita.

Tentar identificar no jovem sinais ou efeitos das diferentes substâncias só tende a complicar ainda mais as coisas. O clima de desconfiança que se instala nessas situações prejudica muito o relacionamento entre os familiares.

É normal e esperado que os jovens tenham segredos e que dificultem o acesso de outras pessoas da família, sobretudo os pais, a questões de sua vida pessoal. Eles tendem também a experimentar situações novas, a assumir atitudes desafiantes e de oposição e até mesmo a apresentar comportamentos ousados que podem envolver riscos. Tais comportamentos constituem traços caraterísticos de uma adolescência normal. A grande dificuldade dos pais é saber até que ponto essas atitudes e comportamentos estão dentro do esperado ou se já significam que o jovem está passando por problemas mais graves e necessitando de ajuda.

O mais importante é que os pais tentem sempre conversar com os filhos. Mesmo que o diálogo se torne tenso e cheio de conflitos, ainda assim ele é uma via de comunicação importante. Os pais devem também se preocupar mais em ouvir do que em dar conselhos. Quando o jovem se isola e o acesso a ele se torna impossível, é um sinal de que é necessário procurar algum tipo de ajuda externa.

Deve-se conversar com os filhos sobre o uso de drogas?
Sim, na medida em que eles se mostrarem interessados pelo assunto.

Se o uso de drogas puder ser discutido de forma adequada à idade da criança ou do adolescente, vai deixar de ser algo secreto e misterioso, perdendo muito de seus atrativos. Qualquer atividade vista como oculta do mundo dos pais e dos professores tende a ser vista pelos jovens como instigante e excitante.

A maioria dos pais tende a conversar com os filhos sobre drogas somente quando surgem problemas e conflitos. Entretanto, torna-se muito mais fácil conversar com os filhos sobre esses problemas e conflitos quando os pais já puderam superar no passado a barreira de falar sobre drogas. É importante também lembrar que conflitos e rebeldia fazem parte da adolescência normal e não indicam necessariamente envolvimento com drogas. Os conflitos dos jovens são necessários para que se tornem adultos, sendo responsabilidade dos pais ensinar seus filhos a lidar com os problemas. Os pais não devem se apavorar com as discussões, mas compreender a raiva e a revolta do jovem e mostrarem-se seguros com relação às suas próprias crenças e valores.
Como deve ser a informação que os pais devem dar a seus filhos a respeito de drogas?
O primeiro grande problema que se apresenta nessas situações é que freqüentemente os jovens são mais informados a respeito de drogas do que seus pais.

Quando falarem de drogas, os pais devem se basear em substâncias que eles realmente conhecem (por exemplo, álcool ou tranqüilizantes). Os pais em geral têm mais dificuldade em falar sobre drogas ilegais, mas grande parte das informações a respeito de drogas legalizadas (como álcool e tranqüilizantes) tende a ser igualmente válida para as ilegais. Seria aconselhável que os pais pudessem adquirir conhecimentos básicos sobre as principais substâncias de uso e abuso em nosso meio, para que não transmitam informações sem fundamento ou preconceituosas, como são habitualmente veiculadas em jornais, revistas, televisão, etc. Não há problema algum no fato de os pais admitirem perante os filhos o seu desconhecimento a respeito de drogas, quando for o caso. Eles não precisam ter conhecimentos detalhados para poder ajudar seus filhos.

Relacionamentos familiares sólidos são mais importantes do que o conhecimento que os pais têm sobre drogas. Se, no decorrer de anos de convivência, as relações familiares forem bem constituídas e solidificadas, dificilmente o uso de drogas virá a se tornar um problema. Por outro lado, se a qualidade dos relacionamentos for precária, os pais deverão ficar atentos não apenas ao problema das drogas mas também a outros aspectos da vida familiar. Infelizmente, quando isso acontece, os pais nem sempre têm consciência do distanciamento que existe entre os membros da família. É freqüente que nessas circunstâncias os pais assumam atitudes autoritárias perante os filhos, aumentando ainda mais essa distância. Diante dessas dificuldades, os pais devem recorrer a outras pessoas que possam ajudá-los.

Como os pais devem exercer sua autoridade?
A maioria das crianças e adolescentes aceita a autoridade dos pais, sobretudo quando no ambiente familiar estão presentes a confiança e o afeto. Porém, à medida que o adolescente vai se desenvolvendo, a autoridade vai sendo transferida para eles mesmos até que se tornem responsáveis por suas próprias ações. Muitos pais têm dificuldades para abrir mão de sua autoridade conforme os filhos crescem, dificultando, assim, que eles possam se tornar responsáveis por si mesmos.

A autoridade dos pais desempenha papel importante no sentido de dar limites, como exigir que os filhos façam as lições de casa, fixar horários para atividades de lazer etc. . Isso promove a organização interna do jovem, permitindo que ele possa cuidar de si mesmo à medida que vai se tornando adulto. Mas essa autoridade não deve ser confundida com autoritarismo, arbitrariedade ou rigidez. Para todas as regras tem de haver alguma flexibilidade a fim de que o jovem possa ir testando e sentindo seus limites. Por exemplo, se foi fixado um determinado horário para o jovem chegar de uma festa, um pequeno atraso não deve ser punido. Atitudes drásticas como violência ou expulsar o jovem de casa não têm resultados positivos e nunca devem ser consideradas solução para os problemas.
Quando se torna impossível conversar com os filhos, a quem os pais devem procurar?
Grande parte dos jovens é capaz de se abrir quando os pais passam a ouvir mais e falar menos. Mas quando os pais, apesar de tudo, não conseguem mais se comunicar com os filhos, devem recorrer a outras pessoas. Mas quais? Os pais, de preferência, devem procurar alguém que o jovem admire ou respeite. Pode ser um parente, um amigo da família, um professor, um padre, o médico da família ou um profissional especializado

Quais as razões que levam uma pessoa a usar drogas?

Muitas são as razões que podem levar alguém a usar drogas. Cada pessoa tem seus próprios motivos. Os pais não devem tirar conclusões apressadas se suspeitam ou descobrem se o filho ou filha usou ou está usando drogas. É preciso que escutem com muita atenção o que o filho ou a filha tem a dizer para poderem compreender o que está acontecendo. Entre os possíveis motivos, destacamos:



1.A oportunidade surgiu e o jovem experimentou.


O fato de um jovem experimentar drogas não faz dele um dependente. Porém, mesmo experiências aparentemente inocentes podem resultar em problemas (com a lei, por exemplo). Um jovem que usou drogas passa a ser tratado muitas vezes como "drogado" por seus pais ou professores. O excesso de preocupação com o uso experimental de drogas pode tornar-se muito mais perigoso do que o uso de drogas em si.

Diante dessa situação os pais não se devem desesperar. Reagir com agressividade e com violência pode até mesmo empurrar o jovem para o abuso e a dependência de drogas. Os pais devem alertá-lo sobre possíveis riscos e, se possível, conversar francamente sobre o assunto, aproveitando a oportunidade.
2.O uso de drogas pode ser visto como algo excitante e ousado pelos jovens.


Cabe aos adultos alertar os jovens sobre os riscos relacionados com o uso de drogas. Entretanto, muitas vezes são justamente os riscos envolvidos que podem exercer atração sobre eles. Esta é uma das críticas que são feitas às campanhas antidrogas de caráter amedrontador, que exageram os riscos.


Assim, quando se falar em riscos, a informação deverá ser objetiva, direta e precisa, caso contrário o efeito poderá até mesmo ser oposto ao desejado. Grande parte dos jovens conhece pessoas que usam maconha e que nunca se interessaram por outras drogas. Para eles, a afirmação de que "a maconha é a porta de entrada..." pode soar mentirosa e, como conseqüência, deixarão de ouvir os adultos em assuntos realmente importantes. Por outro lado, se o jovem que ouve essa afirmação nunca experimentou drogas e pouco conhece do assunto, ele pode ficar muito curioso, principalmente porque para os adolescentes assumir riscos faz parte do jogo, em que o próprio risco é transformado em desafio.


Por exemplo, alertar os jovens sobre os riscos de se consumir bebida alcoólica e depois sair dirigindo pode ser feito de forma clara, precisa e objetiva. Isso é muito mais educativo do que discursos dramáticos e aterrorizantes sobre os malefícios do álcool. Dizer de outra forma, tentar exagerar os riscos e perigos pode ser um estímulo ao uso de drogas, principalmente para os jovens.
3.As drogas podem modificar o que sentimos. Esse poder de transformação das emoções pode se tornar um grande atrativo, sobretudo para os jovens.


A melhor maneira de tentar neutralizar a atração que as drogas exercem seria estimular os jovens a experimentar formas não-químicas de obtenção de prazer. Os "baratos" podem ser obtidos através de atividades artísticas, esportivas, etc. Cabe aos adultos tentar conhecer melhor os jovens para estimulá-los a experimentar formas mais criativas de obter prazer e sensações intensas.
4.Muitas pessoas acreditam que os jovens acabam consumindo drogas pela influência de colegas e amigos (pressão de grupo).


Embora a "pressão do grupo" tenha influência, sabemos que a maioria dos grupos tem um discurso contrário às drogas; mesmo assim, alguns jovens acabam se envolvendo. Mais importante do que estar em acordo com o grupo é estar bem consigo mesmo. Os jovens que dependem exageradamente da aprovação do grupo são justamente aqueles que têm outros tipos de problemas (por exemplo, sentem-se pouco amados pelos pais, deslocados, pouco atraentes, etc.).
5.O uso de drogas pode ser uma tentativa de amenizar sentimentos de solidão, de inadequação, baixa auto-estima ou falta de confiança.


Nesses casos, é importante tentar ajudar o jovem a superar as dificuldades sem a necessidade de recorrer às drogas. Os pais devem dar segurança para seus filhos através do afeto. Eles devem se sentir amados, apesar de seus defeitos ou de suas dificuldades.
6.Mas não existe uma pressão externa para consumir drogas?


Sim, essa pressão certamente existe. Nossa sociedade tem como um de seus maiores objetivos a felicidade. O grande problema é que tristeza, descontentamento e solidão passam a ser vistos como situações a serem eliminadas, quando, na verdade, elas fazem parte da vida e devem ser compreendidas e transformadas. Desde muito cedo, as crianças têm um modelo de felicidade diretamente ligado ao consumismo: o que podemos comprar poderá nos trazer satisfação e felicidade. As propagandas de álcool, cigarro e chocolate veiculam esse modelo, para vender seus produtos. A crença ingênua de que "podemos comprar a felicidade" e de que "tristeza e solidão devem ser evitadas a qualquer preço" constituem o mesmo padrão de relação que os dependentes (consumidores) estabelecem com as drogas (produtos). Nesse sentido, podemos dizer que os "drogados" estão apenas repetindo o modelo de sociedade que lhes oferecemos.
Consumir drogas é uma forma de obtenção de prazer. Isso não pode ser negado. Devemos ter em mente queexistem maneiras de se obter prazer cujo preço a pagar pode ser muito alto. Devemos ensinar aos jovens que a fórmula de "felicidade a qualquer preço" imposta pela sociedade aos indivíduos não é a melhor maneira de se viver.

No comércio de drogas, jovens são muito utilizados pelos traficantes como intermediários (conhecidos como "aviões") na venda de drogas ilícitas. Esse comércio lucrativo torna-se uma alternativa de ganho, ainda que ilegal, mas também favorece o contato dos jovens com as drogas, com a violência e com as doenças a elas relacionadas

Qual a relação entre a disponibilidade de drogas (oferta) e o seu consumo (demanda)?

É certo que em situações onde o acesso às drogas é muito fácil, existe também uma tendência ao consumo descontrolado.

A situação onde a necessidade de drogas é menor corresponderia àquela onde, havendo equilíbrio dos padrões de consumo, predominaria o uso ocasional. Mas essa é uma situação intermediária difícil de ser atingida.
A liberação das drogas resolveria os problemas relacionados ao uso e à dependência?
O acesso mais fácil às drogas tende a levar a um aumento do número de usuários experimentais e ocasionais, mas não dos dependentes. Ao contrário do que muitos pensam, as pessoas não vão se tornar dependentes de drogas somente por que elas estão mais disponíveis. Entretanto, seria ingênuo concluir que a simples liberação das drogas resolveria todo o problema. Se por um lado a diminuição da oferta não resolve a questão, por outro o aumento da oferta (liberação) não é capaz de diminuir por si só a dependência de drogas. A dependência se relaciona muito mais diretamente com os aspectos envolvidos no tipo de motivação que o indivíduo tem de consumir drogas do que com a disponibilidade dos produtos.

A experiência acumulada sobre o assunto mostra que posições mais liberais com relação às drogas permitem que o problema possa ser abordado de maneira mais eficaz. Por exemplo, em um ambiente familiar muito rígido e repressivo, um jovem teria bastante dificuldade em revelar que usa drogas e isso poderia agravar possíveis problemas correlatos já que não contaria com o apoio de familiares ou com a ajuda de profissionais.
a liberação acabaria com o trafico pessoas enricando nas costas de certos pais

Se não é possível acabar com a oferta de drogas, o que pode ser feito?
O importante é realizar um trabalho de prevenção, ou seja, diminuir a motivação que alguém possa vir a ter de usar drogas. Ainda, um trabalho de conscientização, revelando os danos, sociais, físicos e psicológicos, causados pelo uso de drogas.

Como podemos ajudar um jovem a ter uma atitude adequada com relação às
drogas?

O que os pais podem fazer é tornar-se exemplo para os filhos. A maneira como os pais lidam com a questão tem muito mais efeito sobre o jovem do que as informações que são dadas. Ou seja, o que se faz é muito mais importante do que o que se diz.

As crianças e os jovens começam a aprender o que é droga quando observam os adultos em busca de tranqüilizantes ao menor sinal de tensão ou nervosismo. Aprendem também o que é droga quando ouvem seus pais dizerem que precisam de três xícaras de café para se sentirem acordados, ou ainda quando sentem o cheiro da fumaça de cigarros... Além disso, eles aprendem o que é dependência quando observam como seus pais têm dificuldade em controlar diversos tipos de comportamentos, como, por exemplo, comer de modo exagerado, fazer compras sem necessidade, trabalhar excessivamente.

Os adultos têm sempre "boas" formas de justificar esses comportamento, mas na verdade trata-se de um modelo de comportamento impulsivo e descontrolado. E esses modelos de comportamento podem ser copiados pelos jovens na forma como se relacionam com as drogas.

Somos uma sociedade de consumidores de produtos e a maioria de nós estabelece relações complicadas com as drogas. Não é difícil encontrar pessoas que, ao menor sinal de sofrimento, de desconforto, lançam mão de um "remedinho", de uma "cervejinha", de um "cafezinho" ou de um "cigarrinho" para aplacar a ansiedade de forma quase instantânea. Esse é o princípio básico de modelo de comportamento dependente que observamos em um imenso número de adultos e pais que, sem a menor consciência do que estão fazendo, "ensinam" aos filhos, alunos e jovens em geral que os problemas podem ser resolvidos, como que por um passe de mágica, com a ajuda de uma substância.

É muito importante que os jovens compreendam, por meio de nossas atitudes, qual é a atitude adequada em relação às drogas. Esse processo de aprendizagem começa na infância e continua até o final da adolescência.

Todo usuário de drogas vai se tornar um dependente?

A maioria das pessoas que consomem bebidas alcoólicas não se torna alcoólatra (dependente de álcool). Isso também é válido para grande parte das outras drogas.

De maneira geral, as pessoas que experimentam drogas o fazem por curiosidade e as utilizam apenas uma vez ou outra (uso experimental). Muitas passam a usá-las de vez em quando, de maneira esporádica (uso ocasional), sem maiores conseqüências na maioria dos casos. Apenas um grupo menor passa a usar drogas de forma intensa, em geral quase todos os dias, com conseqüências danosas (dependência).

O grande problema é que não dá para saber, entre as pessoas que começam a usar drogas, quais serão apenas usuários experimentais, quais serão ocasionais e quais se tornarão dependentes.

É importante lembrar, porém, que o uso, ainda que experimental, pode vir a produzir produzir danos à saúde da pessoa.

Por que muitos jovens têm dificuldade para reconhecer que o uso de drogas pode ser nocivo e perigoso?
Alguns adultos que consomem bebidas alcoólicas ocasionalmente têm dificuldade para admitir que o álcool pode vir a se tornar um hábito nocivo e perigoso; o mesmo ocorre com os jovens que experimentam ou usam drogas ilegais: eles têm o mesmo problema. Em grande parte, isso se deve ao fato de que a maioria dos consumidores de drogas, legais ou ilegais, conhecem muitos usuários ocasionais, mas poucas pessoas que se tornaram dependentes ou tiveram problemas com o uso de drogas. Por outro lado, o prazer momentâneo obtido com a droga e a imaturidade não favorecem maiores preocupações com os riscos.

O tratamento de um dependente de drogas com medicações pode fazer com que ele se torne dependentes de remedio?
No tratamento da dependência tenta-se sempre evitar o uso de medicações que possam ocasionar esse problema. A maioria dos remédios receitados pelo médico nesses casos não causam dependência. Alguns, como benzodiazepínicos, barbitúricos e metadona, podem vir a causar dependência, mas, ainda assim, podem ser usados, desde que sob controle médico, por determinados períodos de tempo e em doses adequadas.

A repressão não seria uma forma mais simples de diminuir o problema das drogas?
É necessário tratar a questão de forma equilibrada, ou seja, reduzindo tanto a oferta por parte do traficante (mediante a repressão) quanto a procura por parte do usuário (mediante a prevenção). Uma repressão efetiva deve atingir a economia do crime organizado transnacional, ou seja, aquelas especiais associações delinqüenciais que não obedecem limitações de fronteiras.

Quanto à prevenção, ela é fundamental, pois envolve qualquer atividade voltada para a diminuição da procura da droga. Da mesma maneira, é muito importante que haja uma diminuição dos prejuízos relacionados ao uso de drogas (para maiores detalhes, ver pergunta 2 no item Tratamento).

Não seria mais fácil simplesmente impedir que os jovens tenham acesso às drogas?
Se um jovem quiser experimentar drogas, vai sempre encontrar alguém que possa fornecê-las. Ainda que pudéssemos contar com todos os esforços policiais disponíveis, seria muito difícil o controle absoluto tanto da produção clandestina quanto da entrada de drogas ilegais em um país. Medidas para reduzir a oferta podem ser postas em prática, mas nunca teremos uma sociedade sem drogas.

De uma maneira geral, a experimentação de substâncias ilegais costuma ocorrer na metade ou no final da adolescência. Entre os jovens que experimentam drogas ilegais, a maioria entra em contato com o produto por meio de amigos. A maconha é a droga ilegal utilizada com mais freqüência. Por outro lado, os jovens sempre podem dar um jeito para obter drogas legais como álcool e solventes (cola, éter, benzina). Embora existam leis proibindo a venda dessas substâncias a menores de idade, elas precisam impor o respeito às normas, como exercício de cidadania.

Existem drogas seguras e inofensivas, que não causam nenhum problema?

Drogas são substâncias utilizadas para produzir alterações, mudanças, nas sensações, no grau de consciência e no estado emocional. As alterações causadas por essas substâncias variam de acordo com as características da pessoa que as usa, qual droga é utilizada e em que quantidade, o efeito que se espera da droga e as circunstâncias em que é consumida.

Geralmente achamos que existem apenas algumas poucas substâncias extremamente perigosas: são essas que chamamos de drogas. Achamos também que drogas são apenas os produtos ilegais como a maconha, a cocaína e o crack. Porém, do ponto de vista de saúde, muitas substâncias legalizadas podem ser igualmente perigosas, como por exemplo o álcool, que também é considerado uma droga como as demais.

As substâncias ilegais são mais perigosas do que as legalizadas?
Nem sempre. Os perigos relacionados ao uso de drogas dependem de diversos fatores, como já vimos: que droga é utilizada, em quais condições e quem é o usuário. O fato de a substância ser legal ou ilegal não tem uma relação direta com o perigo que oferece.

Temos a tendência de achar que substâncias como o álcool, já que são legalizadas, não são tão problemáticas e prejudiciais quanto as drogas ilegais, o que é um engano. Assim, observamos que na nossa cultura somos demasiadamente tolerantes com relação às drogas legalizadas (álcool, medicamentos, fumo etc.).

As drogas naturais são menos perigosas do que as drogas químicas?
Não. Substâncias obtidas a partir de plantas, como a cocaína, podem ser tão ou até mesmo mais perigosas do que as drogas produzidas em laboratórios, como o LSD.

Existem maneiras menos prejudiciais de consumir drogas?
Sim, embora todas sejam prejudiciais. Podemos tomar como exemplo a cocaína. Na região dos Andes, mascar folhas de coca é um hábito de muitos e muitos anos, praticamente sem conseqüências danosas e sem que isso leve à dependência. Por sua vez, o pó de cocaína (cloridrato de cocaína) usado de forma aspirada (cheirado) apresenta um grande potencial tóxico. Se esse mesmo pó for diluído e injetado nas veias, a toxicidade aumenta ainda mais. Fumar crack (cristais de cocaína) chega a ser tão perigoso quanto a cocaína injetada. Isso se deve basicamente à grande quantidade da substância que atinge o organismo quando a droga é fumada ou injetada.

Nesses exemplos, o princípio ativo (a substância química que produz os efeitos no organismo) é o mesmo em todos os casos. O que torna a droga mais ou menos perigosa é a quantidade maior do princípio ativo que vai agir sobre o organismo.

O que é dependência?
Dependência é o impulso que leva a pessoa a usar uma droga de forma contínua (sempre) ou periódica (freqüentemente) para obter prazer. Alguns indivíduos podem também fazer uso constante de uma droga para aliviar tensões, ansiedades, medos, sensações físicas desagradáveis, etc. O dependente caracteriza-se por não conseguir controlar o consumo de drogas, agindo de forma impulsiva e repetitiva.

Para compreendermos melhor a dependência, vamos analisar as duas formas principais em que ela se apresenta: a física e a psicológica.

A dependência física caracteriza-se pela presença de sintomas e sinais físicos que aparecem quando o indivíduo pára de tomar a droga ou diminui bruscamente o seu uso: é a síndrome de abstinência. Os sinais e sintomas de abstinência dependem do tipo de substância utilizada e aparecem algumas horas ou dias depois que ela foi consumida pela última vez. No caso dos dependentes do álcool, por exemplo, a abstinência pode ocasionar desde um simples tremor nas mãos a náuseas, vômitos e até um quadro de abstinência mais grave denominado delirium tremens, com risco de morte, em alguns casos.

Já a dependência psicológica corresponde a um estado de mal-estar e desconforto que surge quando o dependente interrompe o uso de uma droga. Os sintomas mais comuns são ansiedade, sensação de vazio, dificuldade de concentração, mas que podem variar de pessoa para pessoa.

Com os medicamentos existentes atualmente, a maioria dos casos relacionados à dependência física podem ser tratados. Por outro lado, o que quase sempre faz com que uma pessoa volte a usar drogas é a dependência psicológica, de difícil tratamento e não pode ser resolvida de forma relativamente rápida e simples como a dependência física .

terça-feira, 9 de março de 2010

Depoimento de Darléa Zacharias


você conhecerá minha experiência com a dependência das drogas, desde a infância até a recuperação. Relato como saí do inferno da obsessão e compulsão para uma vida digna e feliz. Quero provar que é possível parar de usar, perder o desejo e encontrar uma nova maneira de viver.

Descrevo, em detalhes, o que passei no mundo perverso das drogas, como as overdoses, as internações em hospícios, o abandono da minha família, a paralisia facial, a desintegração da personalidade. Também relato, de forma corajosa, como venci obstáculos, superei crises de abstinência e como, de forma emocionante, foi meu processo de luta para salvar minha própria vida e resgatar minha dignidade.

Deixo aqui um convite a você a mergulhar no mundo complicado de um dependente químico e ver como é possível voltar a viver através de um bom trabalho de recuperação e da admissão de que se tem um problema.

O dependente químico não é um desavergonhado. Apenas precisa de ajuda. Necessita encontrar o fio da meada que se perdeu em algum ponto do percurso para restabelecer novo caminho.

SE EU PUDE, QUALQUER UM PODE TAMBÉM!”

Isso tudo e um pouco mais encontrana no livro Drogas o árduo caminho da volta-coragem para mudar. Darléa Zacharias muitoh dahoraaaa

A Terapia do Abraço



O que faz você, por exemplo quando está com dor de cabeça? Ou quando está chateado?
Será que existe algum remédio para aliviar a maioria dos problemas físicos e emocionais?
Pois é, durante muito tempo estivemos a procura de alguma coisa que nos rejuvenescesse, que prolongasse o nosso bom humor, que nos protegesse contra as doenças, que curasse nossa depressão, que nos aliviasse de nosso estresse, que nos fizesse chegar próximo daquele com quem brigamos.
Sim, alguma coisa que fortalecesse nossos laços e que inclusive nos ajudasse a adormecer tranqüilos.
Encontramos!
O remédio havia sido descoberto e já estava a nossa disposição.
E continua ao alcance de nossas mãos.
O mais impressionante de tudo é que, ainda por cima, não nos custa nada. Aliás, custa sim, custa um pouco de vontade de perdoar.

É o ABRAÇO!

O abraço é milagroso.
É medicina realmente muito forte.
O abraço como sinal de afetividade, de carinho e de perdão pode nos ajudar a viver mais tempo, proteger-nos contra doenças, curar a depressão e fortificar os laços familiares.
O abraço é excelente tônico!
Hoje sabemos que a pessoa deprimida é bem mais suscetível a doenças.
O abraço diminui a depressão e revigora o sistema imunológico da pessoa. O abraço injeta nova vida nos corpos cansados e fatigados, e a pessoa abraçada se sente muito mais jovem e vibrante.
O abraço aumenta significativamente a hemoglobina na pessoa tocada.
Para lembrar, hemoglobina é aquela parte do sangue que transporta o oxigênio para os órgãos mais vitais do nosso corpo, inclusive o cérebro e o coração.
O uso regular do abraço, por isso tudo, prolonga a vida, sara a depressão e estimula a vontade de viver, crescer e progredir.
Sabe quantos abraços você precisa dar por dia?
8... para manter-se vivo.
E o mais bonito, é que este remédio não tem contra indicações e não há maneira de dá-lo sem recebê-lo de volta!

Um abraço a todo! Tenham bons momentos! SPH, funciona e vale a pena!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Chega de teria BOra converça

O que a pessoa nessa situação mais prescisa????
*Deus
*Familia
*amigos / companheiro

O que Deus é pra vc?
Meu Pai, meu mestre, meu pastor, meu salvador, meu criador, meu amparo,.???
Pra todos nós !!!!

O que é familia pra vc?
Família é minha vida, sem eles nada sou e com eles sou muito mais, os braços da minha família são enormes, abraçam todos, o problema de um passa a ser de todos, ou estamos todos bem e unidos, ou todos preocupados em encontrar a solução.
Esse presente eu tenho, uma enorme família maravilhosa, cheia de conflitos, que nada duram, resolvemos e prosseguimos enfrente.

i AMigos ???
Amigos são a família que vc pode escolher. O imporante não é ter muitos amigos e sim ter bons amigos.... Conhecer muitas pessoas é bom, mas não é pq vc passa alguns momentos bons com elas q serão seus amigos! Amigo mesmo é pra todas as horas.

Uma pessoa que se encontra em um estado no qual estamos falando a um tempinho ela prescisa de todos esses itens citados a cima
vou contar uma historinha na qual é muito comum acontecer :
uma menina abandona seu namorado por causa de seu vicil
ela vem tentando a tempos fazer com que ele perceba que isso não é certo
mais ela percebe que esta sendo envão tudo isso e resolve abandona-lo
fui pergunta a ela pq fez isso :
_Vc nao gosta dele ?? então volta com ele !!
ao passar do tempo ele volta um tanto reculperado não totalmente
mais pronto pra enfrentar a vida ou quase pronto !!!
_Ele não te procurou nem Oi te disse...?????
_O vc abandonou ele
por mais ki ele estava errado vc tem ki entender ki pessoas no estado dele nao quer saber.
_ aah... pode até ser mas ele precisava ter uma perda pro crescimento dele...
_Essa perca pode te custa caro
_Se toda vez que ele usasse eu passace a mão na cabeça dele ele não ia mudar nunca
é pode até custar, mas não quero isso pra minha vida.
_Quantas veses vc brigo tento e nao eu certo??!!nao sei como mais conheço muito sobre essas pessoas ,, sei o ki eles querem como elee quer ser tratado o certo nao seria largar fazer eles ter uma perda pra crescer assim como vc falo O certo vc deveria ter dito assim , te amo muitoh mais isso te leva a isso e isso .. nao vou te larga mais nao me pessa pra te ajudar o dia ki quizer sai desse eu to aki do seu lado pra te ajudar ... pode consceguia mexer com oo sentimental dele eles gostam de atenção dedicaçãoo entede ........


Talvez a sua razão fale + auto q seu coração em alguns minutos..Lembre-se q seu coração falará + auto o resto de sua vida..
_____será que não posso ser Feliz de outra maneira??


i quem disse ki vc quer?

pra vc consceguir uma coisa primeiro tem ki querer

Pense nisso Esse é o começo de Tudo se realmente quer ajudar !!!
e se você Usuario quer sair Dessa Vamos la força vc conscegui você é forte
.........

Yonara Sanches

Porque a Cocaína Vicia ?


A dependência à cocaína depende de suas propriedades psicoestimulantes e ação anestésica local. A dopamina é considerada importante no sistema de recompensa do cérebro, e seu aumento pode ser responsável pelo grande potencial de dependência da cocaína (veja videoclips sobre experimentos em centros do prazer no cérebro de ratos) .

Um estudo de PET, feito por cientistas da Johns Hopkins University e o National Institute on Drug Abuse (NIDA) nos EUA, descobriu que o vício pela cocaína está diretamente correlacionado a um aumento no cérebro dos receptores para substâncias opióides, como as endorfinas, que são naturais, e drogas de abuso, como a heroína e o ópio [2]. Quanto maior a intensidade do vício, maior esse número de receptores.

Quando os viciados em cocaína que foram testados na pesquisa ficavam um mês longe da droga, em alguns deles o número de receptores voltava ao normal, mas em outros continuava alto. Pode haver uma correlação entre esse fato e a susceptibilidade do drogadito voltar ao vício ou não

Os Efeitos Euforizantes Causados Pelo Uso da Cocaína


Recentemente, cientistas investigaram os efeitos euforizantes da cocaína através de estudos de imagens cerebrais utilizando a tomografia PET (Positron Emission Tomography), um sofisticado método que permite visualizar a função dos neurônios através do seu metabolismo, usando substâncias radioativas. O trabalho foi publicado na revista Nature [1].

Eles descobriram que a cocaína ocupa ou bloqueia os "sítios transportadores de dopamina" nas células cerebrais (conforme dito acima, dopamina é uma substância sintetizada pelas células nervosas que age em certas regiões do cérebro promovendo, entre outros efeitos, a motivação). Os "sítios transportadores de dopamina" levam a dopamina de volta para dentro de certos neurônios, após ela ter dado uma "passeada" pelo cérebro promovendo seus efeitos. Se a cocaina ocupar o mecanismo de transporte da dopamina, esta substância fica "solta" no cérebro até que a cocaína saia, e é justamente a presença anormalmente longa dela no cérebro é que causa os efeitos eufóricos associados com o uso da cocaína. Clique aqui para ver as imagens do PET, comparando um paciente não-adito, como dois aditos à cocaína.

Tanto a dopamina como outras substâncias aumentadas no cérebro podem produzir vasoconstrição e causar lesões. Estas lesões podem incluir hemorragias agudas e infarto no cérebro (zona de morte celular, causada por falta de oxigênio), bem como necrose do miocárdio, podendo levar à morte súbita.
Grávidas que usam cocaína podem afetar seus fetos, levando-os ao nascimento com baixo peso ou risco de rompimento da placenta e até lesões irreversíveis do cérebro, causando deficiências mentais e físicas. Em muitos países, os "bebês da cocaína" são um sério problema de saúde pública, que está se agravando com a ampla disponibilidade do "crack".


Em vermelho, sítios transportadores de dopamina. O PET so mostra os sítios não ocupados pelas drogas.

Os malefícios da cocaína

Os efeitos da cocaína no cérebro

cocaína é a droga que mais rapidamente devasta o usuário. Bastam alguns meses ou mesmo semanas para que ela cause um emagrecimento profundo, insônia, sangramento do nariz e corisa persistente, lesão da mucosa nasal e tecidos nasais, podendo inclusive causar perfuração do septo (12). Doses elevadas consumidas regularmente também causam palidez, suor frio, desmaios, convulsões e parada respiratória. No cérebro, a cocaína afeta especialmente as áreas motoras, produzindo agitação intensa. A ação da cocaína no corpo é poderosa porém breve, durando cerca de meia hora, já que a droga é rapidamente metabolizada pelo organismo.

Interagindo com os neurotransmissores, tornam imprecisas as mensagens entre os neurônios. Função Normal da Dopamina no Cérebro

Sabe-se que neurotransmissores como a dopamina (mostrada em vermelho), noradrenalina e serotonina (esta última recentemente descoberta [10]) são catecolaminas sintetizadas por certas células nervosas que agem em regiões do cérebro promovendo, entre outros efeitos, o prazer e a motivação. Depois de sintetizados, estes neurotransmissores são armazenados dentro


de vesículas sinápticas (em verde). Quando chega um impulso elétrico no terminal nervoso, as vesículas se direcionam para a membrana do neurônio e liberam o conteúdo, por ex., da dopamina, na fenda sináptica. A dopamina então atravessa essa fenda e se liga aos seus receptores específicos na membrana do próximo neurônio (neurônio pós-sináptico). Uma série de reações occorre quando a dopamina ocupa receptores dopaminérgicos daquele neurônio: alguns íons entram e saem do neurônio e algum

as enzinas são liberadas ou inibidas. Após a dopamina ter se ligado ao receptor pós-sináptico ela é recaptada novamente por sítios transportadores de dopamina localizados no primeiro neurônio (neurônio pré-sináptico).
A recaptura dos neurotransmissores é um mecanismo fundamental para manter a homeostase e capacitar os neurônios a reagir rapidamente a novas exigências, já que o trabalho do cérebro é constante.


Os Efeitos da Cocaína no Cérebro



Corte cerebral pós-mortem de um adito em cocaína. A lesão
mostrada refere-se a uma hemorragia cerebral massiva e está associada ao uso da cocaína.
Axônio de um neurônio em contato com o dendrito de outro neurônio (a sinapse).
O elemento pós-sináptico mostra sua membrana, bem como os receptores, aos quais
o neurotransmissor se liga e intermedia os seus efeitos.
Os efeitos da cocaína no cérebro

Sintetizada em 1859, a cocaína tem como origem a planta Erythroxylon coca, um arbusto nativo da Bolívia e do Peru (mas
também cultivado em Java e Sri-Lanka), em cuja composição química se encontram os alcalóides Cocaína, Anamil e Truxillina
(ou Cocamina).

As propriedades primárias da droga bloqueiam a condução de impulsos nas fibras nervosas, quando aplicada externamente, produzindo uma sensação de amortecimento e enregelamento. A droga também é vaso constritora, isto é, contrai os vasos sangüíneos inibindo hemorragias, além de funcionar como anestésico local, sendo este um dos seus usos na medicina.
Ingerida ou aspirada, a cocaína age sobre o sistema nervoso periférico, inibindo a reabsorção, pelos nervos, da norepinefrina (uma substância orgânica semelhante à adrenalina). Assim, ela potencializa os efeitos da estimulação dos nervos. A cocaína é também um estimulante do sistema nervoso central, agindo sobre ele com efeito similar ao das anfetaminas.

A quantidade necessária para provocar uma overdose varia de uma pessoa para outra, e a dose fatal vai de 0,2 a 1,5 grama de cocaína pura. A possibilidade de overdose, entretanto, é maior quando a droga é injetada diretamente na corrente sangüínea. O efeito da cocaína pode levar a um aumento de excitabilidade, ansiedade, elevação da pressão sangüínea, náusea e até mesmo alucinações. Um relatório norte-americano afirma que uma característica peculiar da psicose paranóica, resultante do abuso de cocaína, é um tipo de alucinação na qual formigas, insetos ou cobras imaginárias parecem estar caminhando sobre ou sob a pele do cocainômano. Embora exista controvérsia, alguns afirmam que os únicos perigos médicos do uso da cocaína são as reações alérgicas fatais e a habilidade da droga em produzir forte dependência psicológica, mas não física. Por ser uma substância de efeito rápido e intenso, a cocaína estimula o usuário a utilizá-la seguidamente para fugir da profunda depressão que se segue após o seu efeito.
A Coca-Cola, um dos refrigerantes mais populares, foi originalmente uma beberagem feita com folhas de coca e vendida como um "extraordinário agente terapêutico para todos os males, desde a melancolia até a insônia". Complicações legais, todavia, fizeram com que a partir de 1906 o refrigerante passasse a utilizar em sua fórmula folhas de coca descocainadas (revista Planeta, julho,1986).

Qual é a composição química da cocaína ?

cocaína, benzoilmetilecgonina ou éster do ácido benzóico é uma droga alcalóide, derivada do arbusto Erythroxylum coca Lamarck, estimulante com alto poder de causar dependência. Seu uso continuado, pode levar a dependência, hipertensão arterial e distúrbios psiquiátricos. A produção da droga é realizada através de extração, utilizando como solventes álcalis, ácido sulfúrico, querosene e outros.

É possível sair das drogas sozinho?



São comuns as pessoas se perguntarem: Há possibilidade de vencer a dependência sem ajuda de ninguém? Isto é, parar com as drogas sem necessidade de passar por uma ajuda profissional ou mesmo participar de algum grupo de ajuda.
Sabemos que infelizmente há muito preconceito da sociedade em relação às drogas e assim, grande parte daqueles que tem problemas com ela não quer se expor temendo serem discriminados e desta forma tentam de seu modo trabalhar a dependência sozinha.
Pois bem, quero refletir dentro deste tema. Particularmente, acredito que seja possível sim, embora acredite ser muito difícil.
Para que isto ocorra é necessário que aquele que está com problema admita que algo de errado esteja acontecendo com sua vida. É fundamental que ele tenha em mente que está perdendo o controle; já está ocorrendo algumas perdas sociais; a freqüência do uso ultrapassou o limite; algumas ocorrências biológicas e tantas outras conseqüências. Sem esta percepção dificilmente irão começar a trabalhar em si mesmo.
Atualmente existem muitas informações sobre tratamentos. Há muitos livros de auto ajuda, à programas de TV, radio que trás informações variáveis de como ocorre à dependência de como lidar quando se encontra dependente Há muitos grupos que discute este tema na internet onde há possibilidade de informação e intercâmbio. A partir de todas estas informações e segundo a personalidade de cada individuo é possível perfeitamente trabalhar a dependência química individualmente sem ajuda de outros, desde que o dependente químico coloque em pratica tudo que aprende no seu dia a dia.
Mas, para que isto ocorra, retorno ao parágrafo acima, é necessário que a pessoa tenha em mente o que está buscando. O que se torna complicado é que em muitos casos à falta de um toque a mais dificultando esta busca. Porem, quando a pessoa tem amigos os quais possa contar, desabafar, falar de suas angustias e falar de seus objetivos certamente esta base é muito útil para que consiga vencer sozinho.
O que sempre estou a refletir é que nós seres humanos estamos aqui é para viver, e viver intensamente. E em muitos casos é esta ânsia do viver que levam as pessoas a buscarem nas drogas alguns benefícios a mais quer seja por um complexo de inferioridade; uma necessidade de inserção social; pertencer a determinados grupos ou mesmo reprimir determinados sentimentos emocionais. Porem, o que parece bom com o tempo para alguns acabam virando pesadelos. As drogas para estes os levam a um estado de dor, sofrimento, perdas medo...
O triste disto tudo é que aquele que buscava nas drogas um beneficio acaba entrando em dois problemas sérios. Um é que irá continuar com seus mesmos problemas emocionais ou até mais complicado, isto é, o motivo que os levou as drogas agora ainda de maneira mais intensa e também um problema sério de dependência também orgânica.
Volto a afirmar é possível sair sozinho das drogas? É. Porem, para que isto ocorra dependerá da obstinação do dependente químico. Dependerá muito de sua personalidade; dá busca de informação sobre o que é dependência química; de fatores externos e internos motivacionais. Enfim, todo um novo contexto de vida que a partir de uma decisão deve ocorrer.
Finalizando, diria que sair sozinho é possível sem ajuda de profissionais, clinicas ou mesmo de grupos de mutua ajuda. Mas, certamente contará com muita ajuda de amigos e pessoas que vivam ao seu redor, isto é, é uma decisão interna com metas e objetivos contando com a colaboração de pessoas próximas.